Resenhas

Livro Quando me conheci de Jorge Bucay

resenha livro que auto ajuda

Não sei se você já passou por esse momento da vida, mas eu me vi nele logo cedo e às vezes ainda sinto que estou passando por ele e que falta muito para sair desse ponto.

Sabe quando você olha para o futuro e se pergunta “Meu Deus…Quem sou eu? O que quero? Pra onde vou? Que diabos tô fazendo aqui? Será que Deus tem um propósito para minha vida? Será que Deus existe? ….” e tantas outras perguntas que te deixam com a pulga atrás da orelha e a falta de atenção para qualquer outra coisa que não te ajude a responder essas questões? Pois é, quando comprei esse livro creio que estava entrando nessa fase.

Isso já tem mais ou menos uns 5 ou 6 anos, talvez você não tenha passado por esses questionamentos, talvez nem passe ou passe por eles em outro momento de sua vida, mas para mim ele apareceu muito forte, de um jeito que eu nunca tinha pensado que viveria.

Numa certa tarde passeando por uma livraria encontrei o livro Quando me Conheci de Jorge Bucay, o livro tem uma capa bem atraente, mas confesso que o que me fez querer comprá-lo foi o sub título, onde o autor coloca: “Quem sou? Aonde vou? Com quem? – As três perguntas que você deve fazer para encontrar o seu caminho”.

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Cara como assim?!?! Eram as perguntas que eu mais me fazia, na hora só me venho uma coisa na cabeça… Andréia, menina, compra esse livro, ai estão as respostas! (que menina mais ingênua, meu Deus hahahaha). Sim, eu sinceramente acreditei que nele teria uma receita de bolo que me indicaria para um caminho que naquela época eu estava sedenta por encontrar. Mas adivinha?! Lógico que ele não tem essa receita de bolo, então se você se interessou por ele por esse mesmo motivo, vai por mim, esse não é o intuito dele. Mas isso não quer dizer que ele seja ruim, ao contrário, ele, hoje, foi muito bom pra mim.

Na época, comprei, cheguei em casa louca para consumi-lo, praticamente arregaçando as mangas e pensando como seria meu futuro, tão duvidoso em minha mente, e que a partir daquele momento teria um caminho. Resultado… Não curti! Na verdade nem lembro ao certo o que senti em relação a esse livro, mas por esse simples motivo acredito que não devo ter gostado. Enfim, larguei na estante e fui viver a vida, tentando encontrar em outros livros um caminho para seguir.

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Há uns dois ou três meses atrás me senti atraída por ele novamente, e novamente, o li. Mas dessa vez, tive uma das experiências mais legais que já tive com um livro de auto ajuda. Eu ri (ri muito), chorei, me emocionei demais, desconcordei, concordei. E trouxe para você uma opção de leitura que pode te encher desses mesmos sentimentos e lhe mostrar uma única coisa no final… A vida é tão simples e maravilhosa, não há necessidade de complicá-la com tantos questionamentos.

Enfim… vamos ao livro de fato!

Jorge Bucay tenta através desse livro, te ajudar (veja bem, te ajudar e não responder por você) 3 perguntas que provavelmente todo mundo em algum momento da vida terá. Elas são:

Quem sou?

Aqui ele te ajuda a perceber quem pode ser você, ele lhe mostra o quanto é importante reconhecer quem é você e que isso deve ser sua primeira tarefa. Através do seu auto-conhecimento, auto valorização e auto dependência, o autor lhe mostra que antes que qualquer pessoa é importante conhecer a si mesmo, assim poderá responder a pergunta de forma mais fácil e partir para a próxima etapa.

Ele compartilha experiências suas e de outras pessoas para que você entenda as propostas que ele defende no livro e são bem interessantes.

Aonde vou?

Mais uma vez, aqui ele ajuda você a pensar no futuro, no que espera dele e como se preparar para alcançar seus objetivos. Afinal quem irá fazer o seu futuro é você mesmo e para isso é preciso atenção a você, disciplina e coragem para alcançar o que deseja.

Durante a leitura desse capitulo o principal intuito de Jorge Bucay é lhe fazer refletir, colocar a cabeça para trabalhar e descobrir para onde você deve ir e se esse caminho deve ser compartilhado.

Com quem?

Aqui ele te ajuda a enxergar que sozinho é bom, mas acompanhado pode ser muito melhor, e que essa companhia não precisa necessariamente, ser um marido ou esposa, pode ser um amigo, familiar, cachorro, etc.

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Um relacionamento não vive de final feliz, e detalhe, ninguém faz ninguém feliz… É importante estar junto pelo amor e respeito e não colocando um peso enorme nesses nas costas do outro!

Ele compartilha aqui um pouco mais de realidade, de que o amor não é aquele conto de fadas e que para amar o próximo, independente de quem seja, é preciso amar a si mesmo.

Todo o livro contém parábolas fantásticas, algumas divertidas, algumas totalmente emotivas, mas todas com lindos ensinamentos e isso ajuda muito durante toda a leitura. Eu especificamente, li cada página do livro aguardando ansiosamente pela próxima parábola ou poema ou experiência da qual o autor compartilhava.

Muitas delas eu compartilhei no Instagram do blog que recomendo que você siga, caso não tenha feito isso ainda, e quem me acompanha por lá também aproveitou um pouquinho dessas partes.

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Aproveito para compartilhar abaixo uma das que mais gostei, veja:

“Há mais de 30 anos, no dia 11 de outubro, o mestre Osho recebia os recém-chegados a seu ashram com as seguintes palavras:

Saúdo o Buda que há em você.
Talvez você não saiba disso, talvez nem o tenha sonhado, mas você é perfeito e ninguém pode ser outra coisa.
O estado de Buda é o centro exato do seu ser e não uma coisa que deva acontecer no futuro. Já aconteceu.
Mas está profundamente adormecido, não sabe quem é.
Não é que você tenha que se transformar em alguém, apenas deve reconhecê-lo, voltar para sua própria fonte, olhar para dentro de si mesmo.
Permita que seu coração saiba que você é perfeito.
Sei que pode parecer presunçoso, muito hipotético, e que você não consegue confiar totalmente nisso. É natural. Eu entendo.
Mas permita que essa ideia se estabeleça em você como uma semente e em torno desse fato começarão a acontecer muitas coisas, algumas das quais você poderá compreender.
Com essa visão em mente: de que você é perfeito, você só precisa colocar as coisas na ordem correta.
A única coisa de que precisa é uma pouco mais de consciência…
O tesouro está ai, só precisa trazer uma lâmpada com você.
Quando a escuridão desaparecer, você deixará de ser um mendigo e será um Buda. Será um soberano, um imperador.
Todo o reino é para você, basta reivindicá-lo.
Mas é claro que não pode fazer isso enquanto achar que é um mendigo.
Não pode reivindicá-lo, não pode nem sequer sonhar fazer isso caso se sinta um mendigo.
Essa ideia de que você é um mendigo, de que é ignorante, de que é pecador, foi pregada de tantos púlpitos através dos tempos que se transformou numa profunda hipnose em você.
Essa hipnose precisa ser desfeita.
E é justamente para rompê-la que começo com esta saudação:
Saúdo o Buda que há em você.”

Esta é somente uma das tantas experiências, parábolas, poemas e sentimentos que o autor compartilha conosco no livro. E não se engane, o livro não fala sobre religião, em momento algum, apenas de experiências que te fazem refletir no que você é e pode ser e alcançar.

O livro é verdadeiramente inspirador, pelo menos foi assim para mim.

Recomendo a leitura

Se você também se encontra na mesma situação em que eu estava quando o comprei, saiba que ele não vai responder suas questões por você, mas ele vai ser uma linda e inteligente leitura que irá ajudá-lo a respondê-las.

Se você deseja saber como descobrir mais sobre si mesmo, se deseja uma leitura que traga junto dela um pouco de como ter autoconhecimento, indico super esse livro.

Agora me conta, você já leu? Gostou? Deixe sua experiência com ele nos comentários.

Beijinhos e até a próxima! ♥

Andréia Verrone

31 anos, empresária, gosta de dedicar suas horas vagas para compartilhar inspirações, dicas e livros de auto ajuda. Deseja motivar cada leitor a ir mais longe em sua caminhada e chegar mais próximo de seus sonhos.

“O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você tem!” – George Carlin